Precisamos conversar sobre a banalização do “Inglês Fluente”

08 de Agosto, 18H31

Dominar o inglês pode ser até mais valioso no seu currículo do que um conhecimento técnico perfeito, afinal de contas, as empresas sempre oferecem treinamento quando os colaboradores entram na empresa para garantir que a parte técnica esteja em dia.

Talvez por isso, parece que virou até crime abrir uma vaga de emprego e não adicionar “inglês fluente” como pré-requisito, não é mesmo? E ao mesmo tempo que isso se torna mais comum, a definição do que seria de fato “inglês fluente” vai ficando cada vez mais frouxa. Se eu te perguntasse agora o que isso significa, você saberia responder?

Pois então, cada empresa tem uma definição do que esperam quando dizem “inglês fluente”, e isso é bem complicado para quem está interessado na vaga em questão! Mas e aí, quem é responsável pela banalização do termo “inglês fluente”?

As empresas

Com certeza há empresas que demandam proficiência em inglês de seus colaboradores, pois eles irão se relacionar diretamente com um ou mais estrangeiros, seja presencialmente, por telefone ou videoconferência (leia mais sobre isso aqui).

Porém, muitas outras empresas querem vender a ideia de que todos os seus funcionários são altamente capacitados, e “inglês fluente” é uma métrica que todos entendem (ou fingem entender! Haha).

Os candidatos

No Brasil, existe uma regra não dita de que você deve inflar de um a dois níveis os seus conhecimentos de língua estrangeira no currículo. Sabe meia dúzia de palavras? Inglês intermediário. Fez um semestre de aulas? Inglês avançado. Consegue contar o que comeu ontem? Inglês fluente.

Daí o candidato aplica pra diversas vagas e fica perdendo tempo em processos seletivos que nunca vai passar pela falta de uma exigência básica da vaga. Por outro lado, a empresa perde muito mais tempo e dinheiro avaliando uma quantidade enorme de candidatos que parecem ter o perfil correto, mas não têm. Para tentar sanar o problema de candidatos com menos nível de proficiência do que gostariam, as empresas colocam na descrição da vaga uma palavra que julgam ser o maior grau de conhecimento de um idioma (falamos mais sobre fluência aqui). 

As escolas de idiomas

Como professora de formação, fico muito triste quando vejo pessoas ou escolas que só estão atrás do seu dinheiro, sem se importar se você vai de fato aprender. Para isso, inventam qualquer história mirabolante de que você vai sair fluente em 15 dias e que as escolas de idiomas têm um complô para fazerem você ficar pagando cursos por anos…Eles usam o termo “inglês fluente” como se fosse vírgula. Quando você ouvir algo assim, fuja pras colinas porque é cilada, Bino!

Mas mesmo as escolas sérias prometem que a metodologia delas vai “do básico ao avançado”, sendo que muitas não entregam o que prometem (falamos mais sobre isso aqui). 

Mas uma coisa é fato, a língua inglesa vai ser cada dia mais essencial. A popularização do trabalho remoto vem permitindo que muitas pessoas ganhem melhor sem precisar, necessariamente, deixar o país. Essa tendência só tende a aumentar, por isso, caso o seu inglês ainda precise daquele trato, entre em contato com a Plano A. Nós temos professores totalmente capacitados e dedicados a levar você até o seu objetivo!