Já vi essas mentiras sendo contadas diversas vezes por aí e sempre me perguntei como que a cara nem arde… E tenho certeza que você já ouviu pelo menos UMA delas! Vamos apostar?
Então sigam-me os bons!
“Aprenda como uma criança”
Corre que é uma cilada, Bino! Quem diz isso, desconhece um conceito básico: que adultos e crianças adquirem um idioma de maneiras diferentes.
Se você conhece alguém com filhos que se mudou para fora do país sabe bem do que estou falando; a criança vai pra escolinha e dois dias depois já está fluente enquanto que os pais dela ainda nem conseguem dizer “hello” direito.
Isso NÃO significa que adultos têm mais dificuldade com línguas! Já falamos sobre isso nesse texto aqui.
Mas esse exemplo mostra como adultos e crianças têm estratégias distintas em relação ao aprendizado de um novo idioma, por isso, escolha uma escola que entende a forma de ensino que faz mais sentido pra você 🙂
“Fique fluente em X tempo”
E o “X” é sempre um prazo super curto e atraente. Não caia nessa.
É IMPOSSÍVEL saber quanto tempo o aluno vai levar para atingir seu objetivo de fluência, sabe por quê?
Porque aprender um idioma não é como ir a uma pizzaria, onde você se senta, faz seu pedido e o recebe prontinho na sua frente. O processo de aprendizagem é um esforço conjunto: o professor está lá pra ajudar no que precisar, mas o aluno precisa ter um papel ativo no próprio aprendizado; quanto mais ativo o aluno for (buscando coisas extras e se colocando em situações onde o idioma é necessário) mais rápido será seu avanço no aprendizado da língua – e não tem como nenhum curso prever o quão comprometido cada aluno será.
Além disso, cada aluno tem necessidades e objetivos específicos, e isso faz com que “X” seja diferente para cada um.
“Mas dá pra fazer algum tipo de previsão?” Dá sim! Nós falamos melhor sobre esse assunto aqui.
“Isso não existe em inglês”
Normalmente, aprendemos que o auxiliar “do” só é usado em perguntas ou frases negativas, ou então que “he do” não existe… mas essas afirmações estão erradas.
Muitas vezes, os métodos e/ou professores tentam mastigar o idioma de uma forma que fique mais fácil para o aluno, mas acabam deixando de lado informações importantes.
Sobre os dois exemplos acima:
- O auxiliar “do” é usado em afirmativas para ênfase. Ex: I do like this t-shirt (eu gosto mesmo dessa camiseta)
- No presente do subjuntivo, a maioria dos verbos não apresenta conjugação. Ex: It’s important that he do his task right away (é importante que ele faça sua tarefa imediatamente)
Ok! Eu entendo que de nada adianta abordar todos os usos de tudo o tempo todo, mas o que normalmente acontece é um categórico “isso não existe” que o aluno só vai descobrir não ser verdade anos depois quando se deparar com essa estrutura num artigo ou filme e ficar confuso.
“Ouça música”
Eita! Essa vai fazer muito professor se remexer na cadeira! “Mas como assim?!” Calma que eu explico.
Quando falamos sobre adquirir fluência ali em cima, demos o exemplo da pizzaria. Com música, funciona do mesmo jeito: ficar só ouvindo não vai te fazer aprender inglês; é importante que você pegue a letra em inglês e tente traduzir, anote as palavras novas pra você, cante junto para aprender a pronúncia…de novo, é preciso que o aluno tenha um papel ativo no seu próprio aprendizado. Se quiser mais dicas de como aprender inglês com música, veja esse post aqui.
Se você faz tudo isso, então sim, ouça música!
Mas fica tranquilo, porque nem todas as escolas são assim! Quer estudar para uma viagem ou para uma entrevista de emprego? Então entre em contato para montarmos um calendário de aulas que faça sentido pra VOCÊ!